quinta-feira, 28 de junho de 2012

Entregando-se ao desabafo

Às vezes o que me entristece nem é tão triste. É saber das classificações, descobrir que tudo está acima, que sua palavra, seu sentimento, seus conselhos são mal vistos, porque tudo é uma simples questão de esperar outro dia pra amadurecer, enquanto os meus dias passam na pele.

Daqui a alguns dias, meses ou anos, quem sabe... Mas eu já esperei séculos dentro de mim, e nada faz mais aquele sentido de antes. Tudo agora é questão de tempo, mas nem sei bem ao certo para quê.  Quando vamos enfim, crescermos de verdade? 

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Enfim... Completa!

Descobri muito cedo que o ócio me cansa. Desde pequena quero correr, me ligar nos 220 w e só parar a noitinha, quando todo mundo esta em casa assistindo a novela das oito. Apesar de tudo, sou preguiçosa também, adoro passar meu dia deitada assistindo meus filmes preferidos, me enchendo de pipoca e chocolate.

Que seja. Arranjei um trabalho que dá o privilégio de mesclar essas duas paixões. Mesmo o amando muito, ainda sinto a necessidade de correr, de pensar, de sentir que sem o meu esforço, algo no mundo se torna falho. Talvez por isso, eu passe o dia com uma caneta entre meus dedos.

Fato é que eu preciso de uma ocupação integral, de férias uma vez por ano, pra poder viajar com meu marido e filhos. Por isso, estou com olhos clínicos, procurando novas possibilidades, novos projetos.

Muito mais que uma maneira de enriquecer, quero algo que faça meu coração se encher de orgulho, de me sentir, enfim... Completa.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

InPerfeito

É fácil se apaixonar por alguém perfeito. E foi com essa frase que acabamos aquela conversa sobre sentimentos. Aquelas palavras nunca fizeram tanta confusão. Eu concordo que se apaixonar por algo encaixado e montado é fácil, o difícil mesmo, é conviver com isso.

O perfeito cansa. O perfeito não te deixa propenso a erros, não te dá a liberdade da loucura. O perfeito pode ser bom, mas não te diverte. É chato. Tedioso. Medíocre. Se mantiver-se-se no padrão já é, imagina como seria viver ao lado de alguém sem que este te irritasse às vezes?

É como um jogo. Vencer é divertido, mas vencer sempre deixa a competição desagradável. Se a medalha é sua, pra que jogar?

Os defeitos que temos constroem quem nós somos e encontrar alguém que suporte – ou ame, como preferir – suas imperfeições, é magnífico. Talvez a parte mais bonita de estar em um relacionamento.

Pode ser esse o motivo de brigarmos por coisas idiotas do dia a dia como um acento sanitário levantado, toalha molhada em cima da cama, calcinha pendurada no registro do chuveiro... A briga faz parte do casamento, são os nossos defeitos aflorando-se, e fazer amor para se reconciliar, é como dizer ao outro que as imperfeições são lindas, e que assim como suas qualidades, seus defeitos também são amáveis.